Educadores defendem o banimento de celulares nas escolas
A proposta do Ministério da Educação de proibir o uso de celulares em escolas públicas e privadas tem gerado um intenso debate no âmbito educacional. Professores, orientadores e especialistas em educação veem nessa iniciativa uma oportunidade de resgatar o aprendizado e promover o desenvolvimento integral dos estudantes.
O ministro Camilo Santana, ao defender a medida, destacou os impactos negativos do uso excessivo de telas na infância e na adolescência, como a queda no desempenho escolar e os problemas de saúde mental. Estudos científicos corroboram essa visão, apontando para a relação entre o tempo excessivo dedicado a dispositivos eletrônicos e dificuldades de concentração, distúrbios do sono e problemas de comportamento.
Marina Rampazzo, orientadora educacional, ressalta que a pandemia intensificou o uso de telas entre os jovens, tornando a questão ainda mais urgente. A falta de atividades presenciais e o isolamento social levaram muitos estudantes a buscar nas telas uma forma de entretenimento e socialização, o que, por sua vez, prejudicou o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.
A escola, segundo Marina, tem um papel fundamental nesse processo de desintoxicação digital. Ao oferecer um ambiente rico em estímulos e oportunidades de interação social, as instituições de ensino podem auxiliar os estudantes a desenvolverem hábitos mais saudáveis e a estabelecerem relações mais significativas com o mundo ao seu redor.
A proibição do uso de celulares em sala de aula é apenas um primeiro passo. É preciso que as escolas ofereçam atividades diversificadas e atraentes, que estimulem a curiosidade e a criatividade dos alunos. Além disso, é fundamental que os pais sejam parceiros nesse processo, limitando o acesso dos filhos a dispositivos eletrônicos em casa e incentivando a leitura, a prática de esportes e outras atividades que promovam o bem-estar físico e mental.